Publicado por: Marta Ilha | 11/02/2013

A tecnologia da futilidade – viver sem um porquê


Como primeiro post do ano (atrasado, eu sei, por uma infinidade de razões que não dependeram só de mim para serem resolvidas) escolhi um assunto que me causa tanta inquietação que já não posso mais deixar passar em vão: o uso displicente da tecnologia para coisas fúteis que não acrescentam absolutamente nada ao nosso crescimento como seres humanos. Se você deseja continuar lendo, saiba que tudo o que vou expressar aqui são opiniões e que, apesar de ter o direito de expressá-las, respeito as de todos os demais. Portanto, discussões sadias e construtivas a esse respeito são bem-vindas; indiretas ou tentativas de encarar o texto como ataque pessoal, não são. Continue lendo e dê sua opinião.

 

Redes Socias

Quem me conhece sabe o quanto eu demorei para adotar certos recursos tecnológicos. Essa relutância foi justificada por longo tempo principalmente pois eu tenho extrema necessidade de entender o “porquê” das coisas. Explico: por que eu preciso ter celular? Por que eu preciso entrar no Twitter? Por que eu preciso me aperfeiçoar profissionalmente? (Entre inúmeros outros porquês que me assolam diariamente…)

Eu uso telefone celular desde 1996. Minha profissão e ritmo de vida justificaram o investimento desde uma época em que nem bem sabíamos como isso funcionava (inclusive se achava que podia causar câncer… alguns ainda acham, enfim…). Hoje eu utilizo um smartphone pois acesso à Internet e e-mails, assim como poder fazer chamadas de voz quando estou fora do escritório, continuam fazendo a diferença para o meu trabalho. Eu chamo isso de uso consciente da tecnologia. São os mesmos motivos que me levam a usar um notebook, por exemplo.

Pensando desta forma, eu também olho para outros recursos. E (de forma insistente) com a mesma lógica, tento avaliar o seu uso. E aí, infelizmente, começa a surgir o desgosto. O uso da Internet nos últimos tempos tem traído a minha ânsia de porquê. Percebo isso, pois, na maioria do conteúdo que encontro em redes sociais, sites de notícias e de qualquer assunto, tenho visto uma ausência total de objetivo nas pessoas que os utilizam. Fico constantemente me indagando se as pessoas lá fora pensam (mesmo que esporadicamente) no porquê delas estarem fazendo o que fazem, em todos os sentidos.

Talvez seja difícil entender isso sem exemplos, então explico minhas dúvidas. Qual o objetivo de pessoas exporem sua vida pessoal (e muitas vezes íntima) indiscriminadamente na Internet? Qual o sentido de se gastar horas e horas a fio lendo futilidades sobre os mais diversos assuntos, muitas vezes enquanto vemos o tempo “corroendo” nossas chances de melhorar nossa vida ou carreira? Por que militar por tantas bandeiras só porque estão ao alcance de um clique quando na vida real pouco se importam em fazer o que é certo? Onde está o respeito pela opinião alheia? Será possível discutir um assunto sem levar para o lado pessoal só porque vai contra a opinião de alguém? No que realmente o conteúdo postado nas redes sociais nos torna pessoas melhores (será esse o objetivo?)?

Eu sei que muitos dos que lêem este texto dirão: “eu não sou assim”. Fico feliz que nossa avaliação pessoal nos permita dizer isso. Esse texto não foi pra vocês. Foi para a esmagadora maioria. Não que eu tenha a pretensão de mudar o rumo das redes sociais. Mas se eu conseguir com que uma ou duas pessoas ao menos se pergunte por quê, ainda que eu não saiba disso, já será um ótimo resultado. A Internet está repleta de coisas boas e recursos de aprendizado nas mais diversas áreas. A cada minuto que perdemos usando a tecnologia para a futilidade, alguém a está “espremendo” ao máximo para tirar o que ela tem de melhor. E esse alguém estará em pouco tempo à nossa frente, se é que já não está. Quantas causas sociais precisam de ajuda no mundo real e de pessoas que tomem ações concretas que vão além de um clique no botão “Compartilhar”? Quantas relações reais precisam ser cultivadas enquanto trocamos mensagens com “pseudo-amigos” que muitas vezes nem conhecemos pessoalmente nem partilham de nada da nossa vida?

Não estou querendo levantar a bandeira contra a Internet e as Redes Sociais. Sei o quanto elas tem de bom. É justamente por esse motivo que pergunto se já não está na hora de aproveitarmos esse lado bom e deixarmos de lado todo o lixo. Não vejo outra forma de crescermos como pessoas….

Um grande abraço à todos. E aguardo os comentários de vocês.
Marta Ilha


Respostas

  1. Parabéns pelo texto, muito interessante e autêntico. Poucas pessoas param para se preocupar com o porquê das coisas. E também com o “para quê?” delas. Acho que boa parte do conteúdo que mais interessa as pessoas nas redes sociais são humorísticos, jocosos, politicamente corretos e que demonstram algumas preocupações com os “valores sociais”. E por “valores sociais” entenda praticamente qualquer coisa. Desde a mais nobre causa até a defesa de valores medievais com pretexto de serem “a favor da família”. Isso é o que bomba no facebook! O vídeo engraçado, do mais elaborado e inteligente ao mais idiota. A foto da criança desnutrida que clama por compartilhamentos milagrosos. Quando chegarem ao número cabalístico de um milhão (sempre é um milhão) ela será salva pelo facebook. Que pagará a sei-lá-quem um centavo por cada compartilhamento. Ao menos sabemos que, para o inconsciente coletivo, com um milhão de centavinhos, dez mil merrecas, dá para resolver vários problemas sociais.

    Tem também fotinha do gatinho com a patinha para o alto? Sempre haverá quem pense valer a pena investir alguns milhares de reais (aqueles mesmos centavinhos mágicos) só ver os gifs animados da Hello Kitty.

    Essa sua indagação muito me trouxe a mente a inutilidade do gasto feito com certas pesquisas de opinião ou estudos comportamentais. Imagina quanto dinheiro deve ter sido gasto pela UNY para concluir o estudo que prova que filmes de terror dão medo.

    Comecei a usar celular por volta do final dos anos 90… Era ATL a empresa. Depois foi comprada pela Oi. Ou ela que comprou a Telemar, não sei qual a ordem. Fato que eu trabalhava com ele. Precisava estar ao alcance de clientes, e precisava fazer isso da rua. Tinha uma razão de ser, um “para quê?” e um porquê. O mesmo acabou valendo para os computadores que tive. O porquê era sempre o trabalho, a faculdade, os cursos.

    Aí, de repente, muita gente resolveu sair dos fóruns e debater em redes abertas, livres, sociais. Que sem necessitar de muito conhecimento do informatês já estavam ao acesso de todo mundo. E todo mundo começou a participar. A postar os mais brilhantes texto, e as mais idiotas ideias. Infelizmente, algumas fazem a cabeça de muita gente. E outras despertam tanta indignação que fazem com que queiramos confrontar, debater, questionar.

    Outro dia conversando com uma amiga muito querida ela me dizia que não via sentido em certos debates que eu travava via internet, com gente que talvez nem quisesse (ou não estivesse pronta a) ler o que eu postava. Ela estava em busca de um porquê. O que eu respondi a ela, basicamente, foi que havia o interesse de expôr a minha opinião. Mas que escolher bem as batalhas é, de fato, importante. Penso que se alguma coisa, cuja lógica eu discordo, chega a mim pelas redes sociais, ela pode chegar a qualquer pessoa. Trocando em miúdos, se uma postagem pode carregar seu comentário ao ser compartilhada com centenas de milhares de pessoas, o debate sobre aquilo não é em vão.

    Claro que seria uma indisposição tola confrontar o amigo virtual que a compartilhou, afinal ele provavelmente concorda com seu teor. Mas eu falava a essa minha amiga que comentar no compartilhamento original faria com que aquilo que eu escrevesse chegasse a todo mundo que tivesse acesso à postagem. Não só ao meu “amigo”. Será que é perda de tempo? Que é dar murro em ponta de faca?

    Sinceramente não sei. Mas não consigo ignorar…

    • Muito obrigada pelo comentário Gláucio!
      Realmente, na minha visão, entendo que poucas são as formas de não “perder o rumo” nesse mundo senão se questionar constantemente o “porquê” e o “pra quê” das coisas. Infelizmente, isso causa mais trabalho e gasto energético e muitos não estão dispostos a isto.
      Quanto à validade das discussões, eu também sempre me questiono se vale a pena me envolver, correr o risco de ouvir o que não quero, gerar um debate vazio por conta de visões equivocadas do que é um debate. Mas aí eu penso que se isto acontecer, servirá para duas coisas: 1) apontar com quem eu não posso mais discutir coisa alguma e 2) atingir aquelas pessoas que conseguem ter a lucidez para manter a mente aberta. Em resumo, não posso simplesmente desistir. Talvez um dia isso aconteça. Espero que quando esse dia chegar, meu loft no Tibet já esteja pronto.
      Um abraço.

  2. Marta, minha querida amiga. Você é uma das pessoas mais sensatas que tive a alegria de conhecer, e observando você muitas vezes me questionei dos limites das coisas.

    Nesse mundo digital, todo mundo fala muito e pensa pouco. Ou seria “nesse mundo”?

    Eu acho que o problema central é que as pessoas vivem quase que inconscientemente. Elas consomem o produto da moda, compartilham a idéia do momento, repetem a ultima tendência, ecoam a ultima indignação, mas se você questiona o motivo, muitas delas não sabem dizer o porquê. No caso das redes sociais o problema é grave, pois existe essa noção de que se você se manifesta a respeito de alguma coisa está fazendo algo acontecer, e isso não é necessariamente verdade pra 99% dos problemas práticos da nossa sociedade. Dessa forma as pessoas não só não ajudam como atrapalham: propagam preconceitos, idéias que aprenderam e que nunca pararam pra refletir sobre, espalham fatos deturpados a respeito das coisas sem medir consequencias, não raciocinam que muitas vezes é mais nocivo um ignorante bem intencionado do que uma pessoa esclarecida com má intenção. A internet é um meio muito poderoso, mas tem que ser usada com parcimônia, assim como qualquer outra tecnologia. (exemplo de como não fazer: http://www.youtube.com/watch?v=BIakZtDmMgo :)).

    Aí alguém pergunta, o que fazer? Eu não sei a resposta. Ultimamente percebo que os limites estão cada vez mais borrados, que a humanidade está se perdendo, descaracterizando, tornando-se um grande emaranhado de absurdos não digeridos. As pessoas estão tropeçando em si mesmas, e infelizmente não dá pra obrigar o povo a pensar antes de viver…

    • Muito obrigada pelo comentário, minha amiga.
      Sensatez é, em dias de hoje, uma qualidade louvável que agradeço de coração ser a mim atribuída.
      Achei muito bem colocada a tua visão de “viver inconscientemente”. Traduz muito bem o mundo como um todo. E essa inconsciência é que torna nosso mundo ingênuo e tolo frente aos problemas reais que nos assolam. Tolo a ponto de acreditar que um “Curtir” vai resolver problemas sociais.
      Mas enfim, a única coisa que vejo que posso fazer é propagar minhas opiniões praticando os princípios que defendo. Promover discussões sadias a respeito delas e tentar com que outras pessoas também o façam. Talvez pelo menos nos círculos que tenho alcance consiga contaminar algumas pessoas e fazê-las se perguntar: porquê?
      Um grande abraço.

  3. Prof.
    A melhor que já tive diga-se de passagem, concordo total e plenamente com o texto, não entendo a necessidade das pessoas de expor sua vida pessoal e em muitos casos mentem uma falsa felicidade só para expor uma aparência que não é verdadeira, ao invés de procurar algo que realmente as realize, uso o celular e o computador por extrema necessidade de uma comunicação mais rápida, pois bons eram os tempos em que não havia nem celular e todos se falavam se encontravam da mesma maneira, mas bem menos estressados. Estive em uma rede social por um ano e admito que por alguns instantes me deixei levar pela onda do ” fuxico” virtual, mas graças a Deus voltei a mim rapidamente, pois como dissestes vamos usar os recursos com inteligência e não para aumentar o nosso grau de ignorância e futilidade.

    Um forte abraço

    • Obrigada pela visita e pelo comentário.
      Fico muito feliz que tu tenhas te brindado com a lucidez necessária.
      Um grande abraço.

  4. Sinto-me exortado positivamente pelo seu discurso e confesso que em várias vezes me encontro desperdiçando tempo nos “agregadores” a procura de noticias curiosas. Nesse feriadão fiz diferente: procurei entender a configuração do apache, até instalei um framework para PHP que não conhecia, procurei compreender um scrip shell que automatiza parâmetros de busca de dados em sites do SUS, afim de adapata-lo a outros fins e tenho a sensação de foram horas bem gastas.

    ps.: Tenho uma profunda admiração pelo seu trabalho junto SL, embora não a conheça, palavras de pessoas como você tem bastante relevância.

    Obrigado Senhora Vuelma

    • Boa noite!
      Muito obrigada pelo comentário e pelo reconhecimento.
      Fico extremamente feliz em saber que você e vários outros que conheço fizeram uso das horas de feriado para construir algo de concreto para o futuro. Eu partilho da opinião que lazer é necessário. Mas não como fuga da nossa vida cotidiana. Se precisamos fugir de nossa vida é porque algo está errado. (Mas isso é conversa para outra hora…)
      O mais importante é que você só consegue fazer o que fez quando tem um objetivo, quando tem um porquê!
      Um abraço.

  5. Eu matei um “pai bacana”.

    Não tenho muito mais para dizer além disso… o fiz sem a menor culpa. Muitos me condenarão, outros não se importarão nem um pouco… Fiz isso por mim e não pelos outros e não sinto vergonha. Muito pelo contrário.

    Antes que falem mal, “o pai bacana” era um blog. Um blog para pais e filhos, para aprender fazendo experiências. Eu mesmo as fazia e postava, como manda o “manual implícito do blog”.

    Quer saber? Perdi muito tempo me preocupando em documentar e publicar minhas experiências. Esse foi o tempo que perdi em VIVER as experiências! Nós, seres humanos que dizemos ser, que sempre tentamos estar o tempo todo ocupados, prevendo o futuro e relembrando o passado, perdemos o melhor da vida: o presente.

    Por isso, matei o pai bacana. Não há mais blog, não há mais preocupção com espaço, backups, documentar experiências e essas coisas. Que peso tirado das costas!

    Nesses últimos 15 dias, após o assassinato, produzi muito mais e vivi muito mais com meu filho, no momento presente, do que antes.

    Isso.
    Abraço!

    • Tenho certeza que o pai bacana morreu feliz. Pois deixou de ser um conceito e tornou-se ação.
      Grande abraço.

  6. Olá, post muito sensato, parabéns. Fazia tempo que não lia algo tão profundo. Para você ver a consciência da qualidade do que escreveu, veja os comentários. São todos relatos de experiências, todos coerentes.
    Forte abraço e a Paz de Cristo

    • Obrigada Renato.
      Eu acredito que no atual ecossistema em que vivemos, sensatez é uma qualidade digna de ser perseguida.
      Um grande abraço.

  7. Bem interessante o texto apresentado é uma reflexão excelente sobre o porque de muitas coisas hoje existentes na internet. Parabéns! E pode ter certeza que você conseguiu mudar pelo menos uma pessoa eu que de agora em diante pretendo tirar da internet conhecimento e não futilidades não vão me traze nada de positivo nada que possa melhorar na minha vida.

    • Thiago, muito obrigada!
      Missão cumprida.
      Um abraço.

  8. Marta, adorei este post!

    Realmente, conheço muitas pessoas que gastam horas e horas de suas vidas em redes sociais que não levam a nada. Creio que tudo deve ser feito com moderação, no meu caso, sempre detestei as redes sociais e não possuo Facebook, orkut, entre outros.

    Abraços.

    • Prezado Sérgio
      Muito obrigada pelo seu comentário.
      Durante muito tempo lutei bravamente contra as redes sociais. Hoje, justamente pelo meu perfil questionador/analítico eu tenho utilizado algumas delas de forma positiva. Confesso que isso vem a reforçar que é possível sim fazer um uso adequado dessas ferramentas. Basta nos perguntarmos porquê estamos ali.
      Um grande abraço.

  9. Estou de certa forma, bobo em ver como existem pessoas que ao meio dessas fúteis redes sociais ainda se importam com o crescimento e desenvolvimento intelectual dos demais.
    Eu como sempre digo, fico triste ao ver pessoas que não tem ao menos vontade de crescer e se prende a parte fútil das redes sociais, redes essas que nos fornece ferramentas impressionantes e quase que indispensáveis nos dias de hoje, para o crescimento intelectual e edificação de um homem.
    Fico de fato abismado com o comportamento de pessoas na postagem de suas fotos, em que realmente passam apenas oque querem passar, então isso de “você é oque você transmite” infelizmente não tem valor algum para as pessoas que vivem de esteriótipos e se mostram felizes e realizadas, mesmo que por dentro estejam cada vez mais sozinhas e se tornando um objeto inanimado ou no minimo uma pessoa sem conteúdo e previsível.
    Mas como um bom brasileiro eu não vou desistir de convencer as pessoas ao meu redor de que existe um mundo inteiro fora de seus computadores celulares e afins, escondidos em livros e em conversas cara-a-cara que estão cada vez mais raras hoje em dia. Muitos amigos até me chamam de quadrado ou atrasado, mas eu levo isso como um elogio de pessoas que realmente não sabem como é bom não depender de meios sociais para “sobreviver”, e se ser quadrado é admirar uma boa conversa ou um bom livro, creio que não tenho o porque levar isso como um termo pejorativo.
    Trago em minhas mãos, embora jovens e sem muitas experiencias uma vontade inenarrável de voltar ao tempo em que cartas eram mandadas e telefone era apenas um meio de trabalho. De fato digo que, não nasci em uma época errada, mas que em épocas passadas a autenticidade dos sentimentos eram transmitidas por um olhar que não podia mentir e nem ser editado por uma ferramente eletrônica. Então você realmente era oque transmitia, hoje infelizmente você transmite oque melhor lhe convêm para ser a celebridade ou então uma personalidade que em duas ou três horas sera esquecida e afogada em um mar de futilidades, mar esse que e de nossa própria escolha. Eu me mantenho em terra e com meus pés no chão, junto as minhas poesias próprias e pensamentos de pessoas que a tempos, evoluíram, mesmo sem redes sociais, nos mostrando que o mundo sim e capaz de ser algo real e magnifico e isso só depende de nossas prioridades.
    Obrigado pelo espaço.

  10. Estou vendo esta postagem em 2015 e concordo com absolutamente tudo, mas em especial no quarto parágrafo. O grande problema nessas redes sociais é a quantidade de gente hipócrita, que não respeita opiniões diletantes e principalmente gente com total ausência de senso crítico e intelectual (aliás, brasileiros são em maioria assim mesmo). Enfim, essas redes sociais já deram o que tinha que dar, já desativei minha conta em nome da minha sanidade mental. E recomendaria quem ainda pensa logicamente nesse país a fazer o mesmo. Facebook = a fantástica fábrica de esterco.

    • Olá, Luis. Obrigada por seu comentário.
      Uma das coisas que mais me entristece é justamente a falta de capacidade das pessoas de discutir um assunto de forma imparcial, sem levar a opinião alheia como ataque pessoal. Apesar de ser difícil, ainda acredito que um dia chegaremos nesse ponto. Eu ainda tento manter meus perfis em redes sociais, abusando das configurações de privacidade e seleção de conteúdo. Ainda assim, preciso ter bom senso com o que leio. Mas como uso isso para observação, ainda me é útil.
      Espero que um dia, possamos atingir um nível de qualidade no convívio com outros.
      Um abraço.
      Marta Vuelma

  11. Olá, Marta. Também estou lendo este texto em 2015 realmente é incrível como você conseguiu dizer tudo e um pouco mais do que passava na minha cabeça quando eu decidi excluir minhas redes sociais. Tenho 16 anos e percebi que isso não me trazia nenhum benefício. Algumas gargalhadas a mais ou nem mesmo isso. Engordei muito, Não tenho amigos de verdade. Perdi muito tempo. Mas fico feliz por ter notado isso antes dos 18 anos. Agora sim vejo que “o buraco é mais em baixo” faço exercícios. Estudo. Converso pessoalmente com pessoas super interessantes. Não sou mais tímido como antigamente e de certa forma, me sinto livre! Abraços.

    • Oi, Lucas.
      Quero que saibas que fiquei muito feliz ao ler teu comentário. De coração mesmo. É muito bom ver pessoas jovens despertando para os reais valores da vida. Entendendo a importância de se auto-conhecer e descobrir o que é importante para a sua própria felicidade. Aprender a tomar decisões difíceis é fundamental para todos. Fico muito satisfeita em saber que você está cuidando de si mesmo, corpo e mente. Aproveito para dizer que não é fácil quando começamos a fazer isso, pois nos tornamos mais exigentes em nossas relações. Mas tenho certeza que você já encontrou e encontrará muitas pessoas que saberão corresponder a isso. Desejo sinceramente que você tenha uma vida plena de realizações pessoais e que seja um exemplo de que a sua geração não é só o que aparece nas redes sociais. Um grande abraço e muito sucesso. Seja feliz!

  12. Bem bacana este texto e me identifiquei bastante principalmente com essa característica questionadora do “por quê eu preciso disso?”

    Tenho uma banda de rock q inclusive fiz uma música sobre este assunto:

    • Obrigada pelo teu comentário gbelloto7. Em breve estarei migrando meu blog para uma nova versão. Espero poder interagir mais rapidamente com todos. Um abraço.

  13. Parabéns
    Parei para ler esse tema hoje no dia de Natal por esta sentindo exatamente isso
    O porque as pessoas, o mundo está vivendo da forma e ritmo que está.
    Sinto que está tudo fútil está tudo vazio.
    Hoje um abraço está tão raro.
    Penso que o ser humano buscou tanto o “online” que hoje não consegue mais voltar ao mundo real

  14. Hoje, acordei com a pergunta ” Por que estou fazendo isso? Li o seu texto e ele veio de encontro ao que tenho pensado sobre minha vida. Obrigada!

    • Oi, Val! Obrigada pelo seu comentário! Estou atualizando meu Blog (até o nome mudou) e estarei postando mais conteúdo em breve. Espere que acompanhes.


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